UMA TRAGÉDIA CHAMADA LULA
O
Brasil vive uma obsessão pela figura de Lula que está acabando com o país.
Essa
obsessão se intensificou na campanha de 2014: lulistas e antilulistas previram
que se a última eleição presidencial fosse vencida por Dilma, não seria a
garantia de 4 anos de mandato, e sim de mais 12 anos de PT, pois certamente com
Dilma no poder, seria uma barbada para Lula ganhar em 2018 (e consequentemente
2022).
E
assim tivemos a campanha mais intensa, polarizada e de baixo nível da história.
Com
a vitória de Dilma, o sistema antilulista histericamente procurou de todo jeito
tirá-la do poder e inviabilizar Lula para 2018. Recontagem e votos, boicote no
congresso, tentativa de cassar a chapa de Dilma no TSE e o impeachment.
Em
relação a Lula começou uma perseguição midiática que culminou com uma das
medidas mais absurdas, arbitrárias, sem sentido, e bizarras da vida política
brasileira da história: a condução coercitiva de Lula.
A
partir daí fomos ladeira abaixo: os lulistas responderam com bizarrice à
altura: a nomeação de Lula como ministro pra ganhar foro privilegiado. O
antilulismo esticou a corda a níveis inacreditáveis: vazamento de conversas de
Lula com sua esposa, filho e com a presidente da república!
Veio
o impeachment, a divulgação ampla das delações da Odebrecht mas o foco continua
sendo Lula.
Antilulistas
ignoram que a lava jato acabou por relevar que todo o sistema político do país
está corrompido, pluripartidariamente.
Lulistas
ignoram que Lula está inserido no contexto de corrupção que assola o país.
Antilulistas
ignoram que Lula está vivendo uma perseguição jurídica e midiática cercada de
arbitrariedades e notícias falsas.
Lulistas
ignoram os fatos que comprovam os atos de corrupção efetivamente praticados por
Lula.
Antilulistas
só tem uma coisa na cabeça, custe o que custar (até mesmo a democracia): Lula
tem que ser preso ou no mínimo se tornar inelegível para 2018.
Lulistas
só tem uma coisa na cabeça, custe o que custar (até mesmo a democracia): Lula
tem que ser presidente em 2018.
Precisamos
seguir em frente, discutir o sistema como um todo e apostar em outras
lideranças políticas. Mas cada vez mais, centrados na figura de uma única
pessoa, nos vemos diante de uma armadilha em que nenhuma das conclusões mais
prováveis, é interessante ao país:
-
Como o país reagirá se o candidato mais popular, líder disparado das pesquisas
presidenciais for impedido de disputar eleições em 2018, enquanto tantos outros
corruptos participarão tranquilamente?
- Como
o país reagirá se o próximo presidente eleito for uma figura odiada por metade
do país, respondendo a diversas ações por corrupção?
O
ideal seria ou que Lula disputasse as eleições e perdesse, ou que anunciasse
que não iria concorrer de livre e espontânea vontade, antes de qualquer
condenação judicial.
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