Estado Mínimo x Estado Máximo (o óbvio, lógico, natural, quase imperativo)

Se você pôde/conseguiu através de seus pais ou responsáveis estudar sem precisar do Estado, cuidar da saúde sem precisar do Estado, morar num lugar seguro e limpo e se locomover sem precisar do Estado, e com seu talento para aproveitar as oportunidades, pode/consegue propiciar educação, saúde e moradia para seus filhos sem precisar do Estado, é óbvio, lógico, natural, quase imperativo, que você abrace a tese do Estado Mínimo.

Ora, você paga impostos e praticamente não tem nada em troca. Sua vida será bem melhor se pagar menos impostos, mesmo que o Estado faça menos ainda, já que você depende muito pouco do Estado.

É uma questão de lógica e necessidade. Tanto é assim, que no único quesito que você ainda precisa do Estado, que é a segurança pública, sua exigência é de Estado Máximo.

Agora...

Se é assim, também é verdade que para quem precisa de escola PÚBLICA, saúde PÚBLICA e intervenções de políticas PÚBLICAS para ter uma moradia limpa e segura e se locomover é óbvio, lógico, natural, quase imperativo, que se agarre à tese de um Estado provedor ou no mínimo, grande o suficiente para que possa evoluir nas políticas púbicas, que TODOS NÓS reconhecemos como ineficientes. 

O que ocorre é que a grande maioria da população ainda precisa de educação pública, saúde pública e política pública de habitação e transporte. Logo, é óbvio, lógico, natural, quase imperativo que a maioria da população se incline pelas teses de um Estado grande o suficiente para evoluir nessas políticas.

Assim, num regime democrático, onde a maioria escolhe através de eleições seus governantes, é óbvio, lógico, natural, quase imperativo que a tese do Estado Forte seja vencedora. 

Portanto, meu amigo defensor do Estado Mínimo, é mais do que bem provável que suas escolhas políticas sejam derrotadas nas eleições.

Conforme-se.

Ou continue tentando convencer a quem mais precisa do Estado na vida real prática e implacável, a tese contraditória (linda, na teoria), que menos Estado será melhor para ele.

O outro caminho é não ser tão rigoroso assim com essa história de que a maioria é quem decide o governante... (contém sarcasmo e ironia).

A propósito, me parece um desejo de todos, um Estado menos corrupto e mais eficaz. E absolutamente ninguém gosta de pagar impostos.

fonte da foto: http://cardosinho.blog.br/cidade/as-ruas-esburacadas-do-jardim-estados-unidos/