41. ASTROLOGIA

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Olhando para o céu
A queda do véu
Da auto-ignorância
Diminui a distância

Olhando para o céu
Não mais ao léu
O mapa da mina
lua que ilumina

Olhando para o céu
Tiro o chapéu
Preciosa precisão
Caminho da evolução

Olhando para o céu
Meu próprio pincel
Traçando plano
Pra crescer como humano


Carlos Maltz, ex-baterista fundador dos Engenheiros do Hawaii, se tornou astrólogo (e psicólogo) depois que saiu da banda. Ele apresenta uma forma interessante e para mim, inédita, de se explorar o tema astrologia, ao qual intitula como a ciência antiga.

Para Maltz, é impossível saber se os astros têm real influência sobre o ser humano. Mas dá para afirmar com precisão que eles são verdadeiros espelhos da nossa personalidade, uma preciosa ferramenta de autoconhecimento que temos ao nosso dispor.

Nesse sentido, influenciado também pela sua visão de mundo espiritualista, (ou seria espírita?) Maltz defende que vir nesta reencarnação com uma personalidade com certas características – que podem ser melhor identificadas e compreendidas com a ajuda da astrologia – seria parte da missão do ser humano em vida.

Exemplificando de forma superficialíssima: se o sujeito nasce sob o signo de áries, o que ilustra que tenha uma personalidade forte e impulsiva, não quer dizer que ele terá que ser refém desse jeito de ser, nem tampouco que ao verificar, através da astrologia, que determinado padrão de seu comportamento está confirmado pelos astros, terá que se conformar que é assim mesmo e pronto.

Pelo contrário. A astrologia utilizada como ferramenta de autoconhecimento direcionará o sujeito de forma mais exata no caminho de aprimorar suas características natas, ilustrando em que sentido é necessário inibir certas maneiras de agir e também como aproveitar melhor o que pode ser utilizado a favor do bem.

Segundo Maltz, se o sujeito calhou de vir a essa encarnação munido de personalidade forte e impulsividade, é porque sua missão é aprender a controlar seus instintos agressivos para não magoar o próximo, por exemplo. Ele viria assim para aprender a ser um pouco mais equilibrado, ponderado e menos senhor da razão. Isso, certamente porque, trabalhar melhor essa determinada característica, seria mais um passo na direção da evolução espiritual.

Complementa ainda o astrólogo-psicólogo-compositor (sim, depois que saiu da banda, ele passou a assinar composições próprias e em parceria com o eterno líder engenheiro, Humberto Gessinger) que não faz sentido ter a dádiva da vida se não pudéssemos escrever nosso próprio destino nem melhorar a nós mesmos. Nem nosso destino nem nosso jeito de agir são fatos consumados. Temos o poder da escolha.

Não sei, particularmente, o que os céus têm a dizer ao meu respeito nem tampouco se existe um sistema de “encarnações”.

Mas para mim, faz todo o sentido compreender que uma das nossas missões na vida é trabalharmos para sermos cada vez mais uma pessoa melhor.

Sds,

Hugo


PS: para quem quiser conhecer mais, vale a pena conferir:

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