ANTIDOPING
Se
no meu bairro há 8 assaltantes e a polícia consegue prender 1 deles, comemoro:
opa! Menos um!
Numa
corrida de 100 metros rasos, quando um atleta é pego no antidoping, ele é
desclassificado e o atleta que chegou imediatamente atrás dele assume seu
lugar.
Agora
imagine que todos os 8 finalistas correram dopados.
Se a
comissão antidoping só punir o primeiro lugar, e o segundo colocado, também
dopado, herdar a medalha de ouro, haverá uma injustiça, uma distorção. O
raciocínio que abre o presente texto não fará sentido (opa, pelo menos pegaram 1!)
Seguindo
nesse exemplo, vamos imaginar:
A
substância Y sempre foi proibida para atletas que correm o 100 metros rasos.
Apesar disso, seu uso era disseminado e sua presença no sangue dos atletas não
era fácil de ser comprovada. Até que em 2014, um novo exame passou a detectar a
substância com mais facilidade. Descobriu-se que todos corredores da final dos
100 metros rasos da Olimpíada tinham a substância no seu corpo. E mais:
depoimentos de treinadores afirmam que todos os atletas de ponta, tomaram a
substância nos campeonatos nacionais, nos pré-olímpicos, e até nos jogos
universitários.
O
que fazer em relação ao resultado dos Jogos Olímpicos?
a) Desclassificar o 1o lugar e dar a
medalha de ouro pro 2o (também dopado)?
b) Anular o resultado dos 100 metros rasos e de
todos os campeonatos em que a substância tiver sido usado por atletas nos
últimos 4 anos?
c) Preservar os resultados e criar uma nova
política para banir de vez o uso da substância nas próximas competições?
Pensou?
Observação
1: em relação a política brasileira, o ladrão do início do texto é o político
que rouba para fazer fortuna pessoal e o doping dos atletas é o Caixa 2 de
campanhas.
Observação
2: O impeachment foi como escolher a opção a) do exemplo acima
Comentários
Postar um comentário