A TRAIÇÃO (1o capítulo de 5)
1.
Ela desligou o celular sem acreditar. O
movimento de seu braço levando o aparelho da orelha para dentro da bolsa foi
acompanhado de uma lágrima. Não podia ser verdade. Isso não estava acontecendo
com ela. Simplesmente não fazia sentido. Ele era tão atencioso, tão romântico,
tão presente... Ele era perfeito! Tá… ok, ele podia não ser tão perfeito em tudo. Tinha um mau
humor matinal insuportável, não ajudava muito com as tarefas domésticas e era
pontual de um jeito exagerado, quase um T.O.C. Mas afetivamente com ela e com a filha beirava a perfeição. Era um pai dedicado, paciente, apaixonado, que levava a
filha para todos os lugares, inclusive para o estádio de futebol. Tinham um
companheirismo muito bonito de se ver. E para ela, ele era igualmente
cativante. Era do tipo que dava flores nas datas especiais, pensava em
presentes surpreendentes e jogos de sedução. Fazia questão de saírem juntos
pelo menos uma vez por semana para não deixarem o hábito de namorar sucumbir à
rotina familiar. Conquista-lo era um dos grandes orgulhos de sua vida e sempre
se sentiu muito segura em relação ao amor que ele demonstrava à família que
construíram. Achava que sua relação era diferente da grande maioria das
relações que conhecia; havia mais cumplicidade, mais intimidade, mais... amor
mesmo. E agora seu mundo tinha ido ao chão. Havia sido traída.
É na verdade uma curiosidade, não um comentário. Como autor, qdo vc escreve uma obra, já sabe o final ou vai desenvolvendo aos poucos? Os leitores, como os telespectadores de novelas, interferem no desenvolvimento, caso seja uma obra aberta?
ResponderExcluirNão, ainda não escrevi nenhuma "obra aberta". Mas acho uma ótima ideia tentar… rsrsrs
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